Tem uma frase comumente propagada no meio das duas rodas que só se torna motociclista de verdade quando toma o primeiro tombo.
Não necessariamente concordo, mas é fato que invariavelmente beijar o chão é uma realidade latente na vida de todo piloto e garupa.
Também discordo da frase que é atribuída ao Jô Soares, de que a moto foi feita pra cair. Moto, inclusive com referência ao mestre Tite Simões, foi feita para estar em movimento.
O fato é que fomos ao chão algumas vezes ao longo destes anos. E dá pra listar, afinal não foram tantas assim. 😛
O primeiríssimo foi precisamente no primeiro dia (!!!!)
Tirei da concessionária e ao chegar em casa, parei a moto para abrir o portão, baixei o pezinho lateral mas não o suficiente. A moto apoiou no chão e o pezinho retraiu. Ainda tentei segurar, mas sem jeito. Resultado: pouco mais de 10km rodados, um retrovisor quebrado e algumas marcas na carenagem. Fiquei alguns dias rodando com somente um retrovisor, e digo que não foi uma coisa legal.
Para isentar os novatos, fiz quase a mesma coisa recentemente, 5 anos depois. Manobrando a moto para sair, assim que deixei de frente para a rua, motor aquecendo, soltei a moto, mas esqueci que havia recolhido o cavalete lateral para as manobras na garagem. Quando percebi ela já estava caindo… 😛 Ainda consegui segurar e não quebrou nada, mas tome mais algumas marquinhas para a pele escura dela :S
Pouco tempo depois da primeira, tive uma demonstração de como não se deve confiar no trânsito. Em um semáforo fechado para conversão à esquerda. Fui passando os carros entre as duas faixas da avenida e assim que parei em frente ao primeiro carro da fila, o sinal abre e o motorista não me viu pela coluna ‘A’ direita. Resultado: moto para o chão novamente, mais cicatrizes. Comigo não houve nada, a não ser ter ficado bem bravo, mas não exatamente com razão.
Eu estava praticamente no mesmo lugar da moto, virando para a esquerda, e o carro me acertou, bem devagar, mas foi o suficiente. Não façam isto em casa, crianças!
Alguns já devem estar se perguntando: não, até hoje não coloquei slider. Eu sei que estas quedas poderiam ter sido minimizadas, mas não fiz. Segue a vida.
O último tombo do post de hoje foi em uma circunstância bem atípica: na lama… 🤦🏼♂️
Saindo do trabalho bem tarde, após um temporal típico do período de chuvas do sudeste.
O detalhe estava no fato de haver um terreno em frente à rua da empresa e a terra escorrer por um barranco, transformando quase em um mar de lama no caminho.
Já sai do estacionamento com mais precaução devido ao piso molhado, mas lama? Como reagir? Fiz o q me lembrei na hora: passar devagar, mas sempre tracionado. Até determinado momento em que a roda ainda girava, mas a moto não saia do lugar. Apoiei o pé, e encontrei aderência zero. Bota escorregando, chão!
Desta vez o preju foi o guidão torto, a capa de chuva rasgada e todo enlameado…
Na hora eu xingava muito, mas hoje me lembro e dou risada de como cheguei na recepção do hotel e pedi por onde poderia ir, deixando um rastro de sujeira altas horas da noite. Ou lavando a capa de chuva (o que restou dela) no chuveiro do quarto. 😜
Ah sim, voltei a cogitar a instalação do slider recentemente. 🙂
Ainda tem mais uma história , mas vou dedicar um post específico, até porque este já está bem extenso.
Até a próxima! ✊🏻✊🏻
“Nossa maior glória não está em jamais cair, mas em levantar a cada queda.” – Confúcio. Parabéns por mais um post!
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chão… quem nunca?! Já cheguei a apelidar uma de minhas motos de “Deitona” pois adorava ficar esparramada no chão!
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“Existe 2 tipos de Motociclistas/Pilotos, os que já caíram, e os que ainda irão cair”, somos completos, já caímos… kkkkkkkkk 😉
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hahaha! Mas não precisa mais, né? kkk
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A da lama é desesperadora mesmo!! Colocar o pé no chão e deslizar não tem jeito… é chão chão chão!
Tô adorando seus relatos! Esperando o próximo… 😊
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